TV Globo foi surpreendida por uma carta dos advogados Roberto Teixeira , Cristiano Zanin Martins e Rodrigo Azevedo Ferrão , do ex-presidente Lula, solicitando direito de resposta à reportagem da quinta-feira (10) sobre a entrevista dos promotores de São Paulo em que detalham as denúncias contra o ex-presidente. A carta diz se basear na lei recém-aprovada pelo Congresso, de número 13.188, de 2015. Na carta, espantosamente, os advogados dizem que nem Lula nem sua assessoria foram procurados para oferecer uma resposta às acusações que lhes foram imputadas pelos promotores. Eles dizem: “Registre-se, ainda, que a assessoria de imprensa do ex-presidente não foi instada a apresentar qualquer esclarecimento prévio pela emissora, como seria recomendável e necessário, de acordo com os princípios editoriais por ela divulgados.” Isso não é verdade. Em e-mail enviado às 17h33, um jornalista da TV Globo pediu ao Instituto Lula nota comentando a denúncia oferecida pelo Ministério Público c
O Supremo Tribunal Federal acatou um pedido de liminar de defesa e retirou do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, a prerrogativa de julgar processos de fraudes na Eletronuclear, onde está sob suspeita de superfaturamento a construção da usina de Angra 3. O caso entrou no radar da operação Lava-Jato, capitaneada por Moro no Judiciário. Por envolvimento no caso, está preso desde julho o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear (estatal federal de energia). O STF acatou a tese apresentada no recurso, que apontava possível exorbitância de competência por parte de Moro. Como ele é um magistrado de primeiro grau, com jurisdição no Paraná, não poderia examinar casos de fora da sua instância, como a obra de Angra 3, no Rio de Janeiro. Também o juiz lotado em Curitiba não teria condições de julgar o caso pela citação, e possível envolvimento, do senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, suspeito de cobrança de propina de 1% sobre os contratos de Angra 3. Agora, o caso subirá a Brasília, onde ficará sob responsabilidade da Procuradoria Geral da República e do próprio STF.
Moro vai desmembrar a Lava-Jato
O primeiro episódio de retirada de processos de Moro ocorreu quando o STF decidiu que ele não teria competência para julgar o núcleo envolvido em uma suposta trama que teria beneficiado políticos com repasses da empresa Consist, a partir de contratos no Ministério do Planejamento.