TV Globo foi surpreendida por uma carta dos advogados Roberto Teixeira , Cristiano Zanin Martins e Rodrigo Azevedo Ferrão , do ex-presidente Lula, solicitando direito de resposta à reportagem da quinta-feira (10) sobre a entrevista dos promotores de São Paulo em que detalham as denúncias contra o ex-presidente. A carta diz se basear na lei recém-aprovada pelo Congresso, de número 13.188, de 2015. Na carta, espantosamente, os advogados dizem que nem Lula nem sua assessoria foram procurados para oferecer uma resposta às acusações que lhes foram imputadas pelos promotores. Eles dizem: “Registre-se, ainda, que a assessoria de imprensa do ex-presidente não foi instada a apresentar qualquer esclarecimento prévio pela emissora, como seria recomendável e necessário, de acordo com os princípios editoriais por ela divulgados.” Isso não é verdade. Em e-mail enviado às 17h33, um jornalista da TV Globo pediu ao Instituto Lula nota comentando a denúncia oferecida pelo Ministério Público c...
Desde agosto de 2014, a Força Aérea dos EUA com o apoio de uma coalização de 19 países tem travado incansavelmente uma intensa campanha aérea contra a Síria e o Iraque, supostamente dirigida às brigadas do Estado Islâmico ou ISIS.
De acordo o site Defense News, mais de 16.000 ataques aéreos ocorreram desde agosto de 2014 até meados de janeiro de 2015.
60 por cento dos ataques aéreos foram realizados pela Força Aérea dos Estados Unidos, usando avançados aviões de combate e bombardeiros.
Os ataques aéreos tem sido casualmente descritos pelos meios de comunicação como parte de uma operação anti-terrorista “suave”, do que uma guerra total dirigida contra a Síria e o Iraque.
Esta campanha aérea em grande escala, que causou inúmeras vítimas civis, tem recebido uma atenção muito precária por parte dos grandes meios de comunicação.
Segundo Max Boot, principal pesquisador em segurança nacional do Conselho de Relações Exteriores: “A estratégia de Obama na Síria e Iraque não está funcionando… porque a campanha de bombardeiros dos Estados Unidos contra o ISIS tem sido muito restrita“.
Os americanos querem que o resto do mundo acredite que o Estado Islâmico constitui uma formidável força capaz de enfrentar o exército dos EUA e ameaçar a civilização ocidental.
A ideia central por trás de todas as informações recebidas é que a Força Aérea dos Estados Unidos fracassou e que “Obama deveria ampliar o leque das operações” para enfrentar eficazmente este “formidável inimigo externo” dos EUA.
De acordo Max Boot, a escalada militar é a solução: “Enviar mais aviões, conselheiros militares e forças de operações especiais e afrouxar as restrições sob as quais operam“.
Mas vejamos: Que tipo de aviões tem sido utilizados nesta campanha aérea? Tem sido utilizados o F-16 Fighting Falcon, o F-15E Strike Eagle, A-10 Warthog, e o F-22 Raptor, caças de combate furtivos da Lockheed Martin.
E diante deste formidável poderio aéreo utilizado, surge a grande pergunta…
Por que razão a Força Aérea dos Estados Unidos não tem sido capaz de destruir o Estado Islâmico, que inicialmente foi equipado com armas pequenas convencionais e simples picapes da Toyota?
A verdade é que, desde o começo, esta campanha aérea NÃO tem sido dirigida contra o ISIS. As evidências confirmam que o Estado Islâmico não é o objetivo. Muito pelo contrário.
Os ataque aéreos estão sendo destinados para destruir a infraestrutura econômica do Iraque e da Síria.
Reflita um momento e vamos olhar atentamente para a seguinte imagem, a qual nos mostra um comboio de picapes do Estado Islâmico procedentes da Síria, entrando no Iraque e cruzando um trecho de 200 quilômetros de deserto aberto que separa os países.
O que teria sido exigido do ponto de vista militar para acabar com um comboio como este?
Não é preciso uma grande quantidade de conhecimento sobre questões militares: o bom senso prevalece.
Se eles quisessem eliminar as brigadas do Estado Islâmico, poderiam ter bombardeado facilmente seus comboios de picapes Toyota quando cruzaram o deserto da Síria e Iraque em junho.
Mas ninguém fez nada.
Apesar do óbvio, no entanto, nenhum dos principais meios de comunicação o admitiu.
O deserto sírio-árabe é um território aberto.
Se tivessem usado os aviões de combate citados anteriormente (F-15, F-22 Raptor ou F-16), destruir todo este comboio teria sido moleza, uma intervenção cirúrgica rápida e conveniente, a qual teria dizimado os comboios do Estado Islâmico em questão de horas.
Em vez disso, o que temos visto são seis meses de ataques aéreos e bombardeios incessantes que estranhamente, não tem servido para nada, pois o inimigo terrorista está, aparentemente, intacto.
Lembre-se, que em comparação aos bombardeios da OTAN na Iugoslávia em 1999, duraram cerca de três meses (de 24 de Março a 10 de Junho de 1999).
É simplesmente incrível.
Eles querem nos fazer crer que o Estado Islâmico, que viaja a maior parte em comboios de caminhonetes, não pode ser derrotado por uma poderosa coalização militar de 19 países encabeçada pelos EUA.
Então vamos dizer a verdade: a campanha aérea não estava destinada a dizimar o Estado Islâmico.
O mandato contra-terrorismo é uma ficção. Os Estados Unidos é o “principal estado patrocinador do terrorismo“.
O Estado Islâmico não está apenas protegido pelos EUA e seus aliados, ele é treinado e financiado pelos EUA e OTAN, com o apoio de Israel e dos aliados de Washington no Golfo Pérsico.
Michel Chossudovsky é um economista canadense e um ativista anti-globalização. Escritor, professor emérito de Economia da Universidade de Ottawa, fundador e diretor do Centre for Research on Globalization (CRG), em Montreal e editor do site Global Research.